sexta-feira, 18 de outubro de 2013

# 10 Mimos

Os pequenos terroristas podem ser encantadores. Nessas ocasiões renova-se o amor à profissão e o ego rejubila. Pode até ser lisonja descarada ou uma esperteza recém-adquirida mas miminhos são miminhos e sabem bem na mesma. E se forem acompanhados de um belo sorriso desdentado e covinhas encantadoras, então não há quem resista. Olhem a sorte, receber abraços, beijinhos e festinhas a toda a hora? E se são competitivos no resto, na disputa pelo mais amoroso também não se acanham. Quando algum se lembra de dar uma flor à teacher é quase certo que algum canteiro vai ficar depenado. As muitas missivas de “Gosto da purfesôra (e variantes)”  - e respetivo desenho, invariavelmente eu e o admirador(a) - que vou guardando são também o resultado dessa contenda pelo título “eu é que sou o mais fofinho e querido para a teacher”. Nos intervalos, conquistar a mão da teacher é troféu apetecido. Fosse eu um polvo e ainda assim não teria tentáculos suficientes para satisfazer a procura.
No segundo dia de aulas, uma menina confessou que tinha ido à internet para ver como se dizia “bonita” em inglês. “Então porquê?”. “Queria dizer que és muito piti”. Ohhh, não é de derreter? Pretty! Não só quis elogiar-me como foi aprender inglês para casa. Foi o céu. Mas divino mesmo foi saber que a benjamim da turma, de cinco anos, gostava muito das aulas da “maigode”. Os meus constantes "Oh, my God" valeram-me o epíteto e até as funcionárias já o adotaram. Agora, o meu nome é god, my god!

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