Roses are red/ Violets are blue/ Sugar is
sweet/ and so are you...
Os miúdos vibram com o
Valentine’s
Day. Por mais que tentemos transformar a ocasião numa celebração da
amizade e amor à família, eles querem mesmo é falar de namorados. Nos
cartões que improvisamos,
os corações e muitos “I love you” raramente são para os pais ou amigos. A
Andreia,
6 anos, confidencia-me orgulhosa: “Eu tenho um namorado, é um preto
(sic).
Chama-se João.” Está feliz e nas tintas para o politicamente correto. A
Catarina, também. Tem dois namorados e precisa de um cartão extra. Já a
colega do
lado resolve o assunto colocando o nome dos vários namorados
no mesmo postal. Rendo-me. O Acácio, para ser ainda mais avançado,
declarou que
era casado e tinha cinco filhos(!). Não querendo explorar o tema,
disse-lhes apenas
que meninos pequenos não podiam casar. A Taíssa concordou “Só aos
catorze, ticher. A minha irmã já tá prometida mas
só pode casar quando for grande”. Aos catorze, portanto. Esquecia-me que na gipsylandia
as coisas eram ligeiramente diferentes. Calei-me. Mas a data é propícia às
perguntas indiscretas: “Também vais
fazer um cartão para o teu namorado?” Respondo “Eu não tenho namorado”.
Espantados: “Não?!” Diz o mais sabido: “Claro que não, os velhos não têm
namorados, são casados. Não é?” Explico que nem sempre é assim e choco-os ainda
mais com a revelação que também não era casada. O que fui dizer! O Acácio olha
para mim e diz ”Isso é muito estranho! Tens um filho e NÃO és casada?” Velha e
ainda por cima sem um marido, could it get
any worse? Hey, kids! Leave this teacher alone.
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